de FORMação: Arquiteto; de GUSTação: Artista Plástico; de MOVIMENTação: Ecodesigner.

Doutor em Artes, Mestre em Educação e formado em Arquitetura e Urbanismo de olho nas Artes e de um fazer no Ecodesign.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

PERFORMAR EM SURUCUTAIA - "O GOSzADOR" - personagem O FUTURO - (2ª parte)

 Apresento a vocês, dando sequência ao texto postado anteriormente.

A performance O GOSzADOR, performance criada para a festa do dia 06/09/25 e apresentei na madrugada do dia 07/09/25, uma celebração a nossa independência!

O ser independente diante do Maracutaia Cultural em casa lotada, com fila na porta, os apresento os três estágios, nesta ocasião, que traz O Cão e a Dor: O PASSADO como um monstro carente, que caminha com quatro patas, que resolve se expor, (per)formar diante de publico sedento de amor, em todas as possibilidades de suas expressões, evoca O FUTURO como uma DRAP QUEEN, a trapo (drap em catalão) ou seja uma rainha trapo, ou uma rainha do lixo, distribuindo presentinhos, pirulitos de morango, empacotado com pagina de revista 'guei', assim escrito no nosso português brasileiro envoltos por um preservativo. E na próxima publicação trará O PRESENTE...

Agradeço a Lara Magalhães de Faria e Leticia Amélia Maciel de Oliveira (https://www.instagram.com/cenasindependentes/) pelas imagens e montagem de um vídeo na versão completa do que foi a performance na festa Surucutaia no Maracutaia Cultural, e a Alexandre Galante Ocdy (https://ocdyfilmes.com.br/) com o vídeo para minha performance da defesa de minha tese em 2021. Ribeirão Preto, São Paulo.



sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Performar em SURUCUTAIA - "O GOZsADOR" Personagem O PASSADO (parte 01)

Festa promovida pelo CENTRO CULTURAL MARACUTAIA, Ribeirão Preto, 07/09/2025

Foi uma noite festiva e a casa deu lotação máxima, com uma fila em sua entrada com muitas pessoas que acabaram não podendo entrar para tal festinha.

Polêmica festinha, com alguns comentários no convite do Instagram ( https://www.instagram.com/maracutaiacultural/ ), destilaram seus pós comentários, desiludidos por não encontrarem, tamanha expectativa por uma 'grand bufe' tipo Sodoma e Gomorra, para tais olhos desatentos na empatia e voltados somente aos seus espelhos negros (aos celulares) deixando escapar, uma rica fauna presente na festinha que foi brilhante em diversidade e real suruba de gente diversa!

Parabéns aos organizadores Xapa e Ariel que mais uma vez nos abriram as suas brilhantes maracutaias e com toda luta entre Santos e Demônios presentes em tal encontro, que fizeram apagar o som 10 minutos antes de darmos inicio a tal festinha, mas que nada que um São Longuinho não desfizesse e tudo voltasse ao seu estado normal. Somente seguimos evocando a tal santo o aparecer a cabeça de seu santo falo e uma bandeira que algum duende jocoso e maldoso fez desaparecer, mas que o dito santo está a busca e pedido para devolver ao seu lugar sagrado.

Para tal ocasião, surge uma inspiração imediata diante de tal oportuna SURUCUTAIA, um rever em (re)úso algumas de minhas últimas performances desenvolvidas em meus estudos de doutorado para a ECA-USP. Três momentos: a minha qualificação, a minha defesa do doutorado e uma aula para minha orientadora Profa. Dra. Chris Rizzi, para seus alunos do curso de graduação das Artes Visuais. O desafio foi focar no tema sobre amor, sexo, prazer, relacionar, empatia...

Unidos os trabalhos em um vídeo para condução no tempo e reflexão por imagens, três personagens: 

- O PASSADO ser quadrupede, surge descendo as escadas, amparado por suas fadas Marina Kfouri, Marina Amorim e Ana Luisa Miranda, coberto por sua capa de sacos de lixo, uma cabeça e braços que tocam o chão feitos com durex e abaixo um velho casaco de pele de cordeiro preto, recoberto por camisinhas, recheadas por páginas de revistas pornô gay dos anos 80 e dentro um pirulito sabor morango,  que a dita figura, caminhando entre o povo da festa, distribuía dizendo: "chupa meu pirulito"! Detalhe tal figura tinha um aspecto monstruoso, como dizia a letra do samba enredo da Beija Flor de 2018: "Um monstro carente de amor e de ternura"; criado para o enredo daquele ano que foi: "Monstro é aquele que não sabe amar." Preparo para esta abertura uma mixagem entre uma missa Criolla de Ariel Ramirez interpretada por José Carreras e o comentado samba da beija flor. Anexo o vídeo, montado por mim, e colhidas as imagens pelas fotografas Lara Magalhães de Farias e Leticia Amélia Maciel de Oliveira 
( https://www.instagram.com/cenasindependentes?igsh=ZGNjOWZkYTE3MQ%3D%3D ), de tal abertura, na sequência e deixarei para mais adiante trazer mais imagens que ainda estão sendo trabalhadas por elas. Desfrutem: do personagem O PASSADO, que nos próximos capítulos virão O FUTURO e O PRESENTE.



 


 






 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

a flor do buriti

 Hoje acordei pensando em dois queridos amigos Lu Pulici e Joseph Piris, atualmente vivem na Itália em uma pequena cidade chamada Pennabilli, e assim tive a oportunidade de conectar-me por chamada de vídeo e matar um pouco das saudades... como sempre conversamos de cinema pois eles possuem uma produtora e trabalham na área...e Tete como chamamos ao Joseph, sugere o filme A Flor de Buriti, colocam na sinopse do filme: 

Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um brutal massacre, perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, os filhos dos sobreviventes são coagidos a integrar uma unidade militar, durante a Ditadura brasileira. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô continuam a caminhar sobre a sua terra sangrada, reinventando a cada dia infinitas formas de resistência.  

Um belo filme que acabo de assistir, uma bela oportunidade de ver a vida dentro de uma tribo dos Krahôs, e curiosamente dirigida por João Salaviza e Renée Nader Messora, ele um novo e promissor diretor português e ela uma chilena que mantem um contato muito próximo da tribo, e se sensibilizam e trazem esta bela história protagonizada pelos próprios indígenas. 

desfrutem:

https://www.youtube.com/watch?v=u6rJG8E6gtg&t=6003s









domingo, 5 de janeiro de 2025

NOSFERATU ou melhor: "NÓS fera TU"?





Nosferatu,

Um filme do diretor Robert Eggers (filmes como A Bruxa - 2015 e O Farol - 2019), com história baseada no conto de Drácula, de Bram Sotcker (1897) relança seu olhar sobre um clássico do cinema em sua primeira versão dirigida por F.W. Murnau de 1922. Com um elenco que inclui: Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Jonson, Willem Dafoe e Bill Skarsgârd

Uma bela história com muitas pitadas no texto que contemporiza um estar moderno sobre a visão do espirito na matéria, como na foto que anexo a esta reflexão, na qual vemos a atriz protagonista da história que encarna a personagem Ellen, uma jovem que traz uma angustia dentro de si, uma sombra maligna, uma vontade reprimida que se transforma em obsessão, evocação que sintoniza-se com o personagem do Conde Orlok, um espirito preso a trevas obsessivas que a toma como meta de possessão, mais uma vítima de suas macabras ansiedades. Um belo jogo de metáforas da não compreensão da real matéria de luz, que supera toda mazela da ilusão das sombras e diante de uma sociedade repressora ela se torna fato e oportuno exercício de libertação do amor diante das ilusões criadas pela matéria.

Destaques: a cerimônia dos Romani, pejorativamente chamados de ciganos; logo para um rabino mulher espécie de sacerdotisa que protege o noivo da protagonista contra o vampiro e para o personagem do ator Willem Dafoe, que interpreta o caçador de vampiros, o Professor Albin Eberhart Von Franz que foi expulso da academia por ser um cientista que retoma o ocultismo, o misticismo, o hermetismo como fontes bases de sua pesquisa, atento ao período em que a sociedade europeia mergulha nos estudos sobre a energia e a matéria, enfim que lançam as bases para o movimento moderno; ele conduz diálogos, de extrema riqueza, com a personagem principal sobre as verdades obscuras, diante de tamanho mau, que se abre dentro da própria personagem e na qual ele coloca como solução no embate do bem contra o mau, que só poderá ser travado dentro da própria personagem que acaba se entregando em tal sacrifício, no qual, no plano final do filme, o sol que entra e escancara as trevas diante do derramar o sangue e o vislumbre da bela Ellen e o Conde Orlok, na figura de um corpo monstruoso; mortos os dois encaixados em coito na cama banhada de muito sangue. 

Machismo, sociedade preconceituosa e um universo feminino de muita servidão e rebaixamento, diante do masculino ilusório e reluzente a matéria da verdade pelo espirito no racionar o material de que se constitui, como um grito para recuperação do amor dissolvido no todo!

Mais que um refazer uma história, eu diria a oportuna lucidez no aportar tais metáforas em tempos atuais! 

Mais uma reflexão que deixo e sem nenhuma pretensão a não ser de registro de memória que passa diante da força da vida, aproveito e reflito em Hermes Trismegisto, personagem tão bem ilustrado e apresentado pela professora Lucia Helena Galvão diante da sua leitura no Caibalion. Ela nos comenta que ele nos deixa seus estudos na forma como todos os grandes mestres da antiguidade fizeram, através da narrativa que passa pelo exercício da prática comentada e observada de mestre para discípulo, como experiência passada, a práxis no cientifico poder pela consciência, na própria palavra COM-CIÊNCIA, um eterno vibrar para sintonizarmos todos e reproduzirmos o equilíbrio complexo, multiforme e de forma transversal das forças da natureza.

Talvez quem sabe um dia, por uma alameda do zoológico ela também chegara! Aproveito dos versos traduzidos e musicados por Caetano Veloso do poema O Amor de Maiakovisk (1893) para evocar a luz de nossa ciência se faça cada dia mais clara para iluminar o grande verdade contida na imensidão de nosso universo.

Tempos de Quarks de material energético nos faz questionar tempos de transformação que a Ciência, a Arte diante da humanidade se recupere para o salto ao nada ao vazio do todo! 

NÓS fera TU...

sábado, 8 de junho de 2024

VAMOS SINCRONIZAR E CANTAR.


    Felicidade

    

            Lupicínio Rodrigues


Felicidade foi-se embora

E a saudade no meu peito ainda mora

E é por isso que eu gosto lá de fora

Porque eu sei que a falsidade não vigora


A minha casa fica lá detrás do mundo

Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar

O pensamento parece uma coisa à toa

Mas como a gente voa quando começa a pensar


                                     ...


Acordei pensando no tempo e no que mais escuto hoje em dia: "nossa o tempo anda curto a vida está passando muito depressa!"

E me veio a letra desta canção, Felicidade de Lupicinio Rodrigues.

Uma letra simples com tão somente duas estrofes contendo 4 versos cada.

Vou utilizá-los e os trago para este tão desejado universo da I.A. (inteligência artificial) e farei uma intervenção no poema de Lupicinio:


'Felicidade foi-se embora.'

Pergunto:j será a felicidade um atributo deste planeta? Sabemos que ela não é desta atual terra, ao menos não como agente pensa ou a quer: o tempo todo; pois ela está em pequenos detalhes que nos exige um tempo orgânico de existência!


'E a saudade no meu peito ainda mora.'

Creio que este sentimento por si, já nos pede um tempo de parada para rever...


'E é por isso que eu gosto la de fora.'

Aqui me coloco no fora desta I.A.


'Por que sei que a falsidade não vigora.'

Quando estamos no tempo de convivência nas coisas da realidade orgânica o falso não tem vigor, ele se deflagra com o tempo!


'A minha casa fica lá detrás do mundo.'

Sim minha casa real não é somente nesta terra; ela é virtual feita de energia...matéria energética!


'Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar.'

Aqui neste verso troco a palavra cantar por teclear...


'O pensamento parece uma coisa a toa.'

Sim o pensamento parece ser a toa, mas Não é!


Termino e deixo o próprio verso falar:

'MAS COMO É QUE AGENTE VOA QUANDO COMEÇA A PENSAR!'


Concluo:

Que beleza está canção - poema...queremos felicidade? Pois vamos desacelerar nosso tempo virtual que está em nossas mãos, no toque de nossos dedos, em realidades tanto artificiais como orgânicas, mas é de fundamental importância sincronizar para sermos felicidade. 


VAMOS SINCRONIZAR E CANTAR?


https://youtu.be/vDQKH3iBYtQ?si=NDXfqcCU5c8ZRXIJ 


sexta-feira, 10 de maio de 2024

Diário de bordo em registro que não deseja deixar pegadas, nem pistas, nem nada... somente o exercício na reflexão escrita!

 Acordei hoje com um sonho estranho no qual estava em uma espécie de competição olímpica e chegamos ao local como um time e nos conduziram aos dormitórios. Estava em um grande quarto, com muitas camas, muitos próximas e me colocam em uma cama maior como de casal, por necessidade física, ao meu lado a cama de um querido amigo, e nesta confusa busca do acomodar-me eu desperto!

Abro meu celular e a primeira imagem são fotos, postadas em um dos aplicativos virtuais, de uma colega professora cujo nome conjuga luz e mar em sobrenome que eleva a beleza. Nos conhecemos em um congresso de arte na cidade de Belo Horizonte, em uma visão que nos reconhecemos pelo estranho belo que vestíamos, eu andando, ainda, na época, caminhava sem auxilio das bengalas, em avenida em direção ao edifício onde ocorriam as palestras. Surgem três meninas, como gosto de chamar a todas e todos que reconheço. Saiam em um hotel, o qual, depois fui descobrir, era o oficial indicado aos interessados em participar do tal encontro, mas optei por um em umas quadras distante com o valor da estadia muito mais barato.

Voltando ao despertar... abro tais imagens que são trabalhos que ela vem desenvolvendo com bolhas de sabão, trabalhos que já havia visto durante a pandemia que estivemos trancados em casa. Vendo suas postagens ela lançava tais bolhas desde sua janela do a.p. Encontrei a ideia divertida, ela denominava a ação de assepsia, estávamos na época reclusos pelo risco de contato com o vírus da Covid - 19. 

Penso em arte e o que venho observando pelos caminhos que sigo na busca. Confesso que sempre desconfio de trabalhos ditos 'conceituais', e minha dificuldade de entender Marcel Duchamp, agora passados anos consigo admirar sua proposta, mas como um dos pioneiros em tal arte, fica o respeito diante de sua genialidade. O que observo hoje existe uma febre diante de possíveis conceitos e muitos se não seria melhor dizer uma grande parte dos artistas atuais lançando suas 'baboseiras' herméticas e muitos admirando e chamando de arte!

No caso de minha colega supracitada com suas bolhas, nas fotos de hoje ela nos mostra vários dispositivos construídos de forma rude com garrafas, linhas, etc, etc... em (re)uso. Utilizo palavra definindo seus materiais por se tratar de área de minhas pesquisas e quando despertei e vi em suas fotos, amigos e convidados seus utilizando tais objetos e soprando bolhas pela rua, admito uma conexão emotiva e afirmo que entendo a empatia que senti ao conhecê-la diante de um Belo Horizonte... agora vendo sopros de ar, o elemento no qual tod@s somos iguais, pois sem ele nenhum de nós existe, ar (re)lançado pelo sopro saindo de um usuário de suas engenhocas, que voltam ao seu meio envoltos em bolhas de sabão marcando uma individualidade, assim como Duchamp envasou pequenas garrafas e rotulou dizendo conter o ar de Paris, esta colega brilhantemente utiliza de tal ação e recruta outros e na união da festa lançam bolhas de sabão que buscam voos dialogando com nossa individualidade! Realmente emocionante a ação!  

Arte que saudades das minhas aulas, já levo cinco anos que fui demitido! Sigo estudando e vou prestar mais concursos, pois agora como doutor, gostaria estar em uma federal para poder concentrar pesquisas e diálogos possíveis na educação. Sei que o momento não está propicio, mas sou destes que diante do Não, sempre busco um sim! Tenho escutado muito entre os amigos que lograram entrar para uma federal e mesmo entre os professores que recém pude reencontrar em meus estudos desenvolvendo minha pesquisa de doutorado, queixas diversas alertando diante das crises que também afetam a educação em nosso pais. 

Aponto uma reflexão que utilizo em minha tese e anexo ao final dois desenhos sobre meu estado de dificuldade para caminhar, em tratamento de artrose bilateral de quadril, que dificulta minha circulação afetando o plexo básico, aquele que nos lança diante da vida! Devo caminhar mais lentamente no devagar que também se pode ter pressa e como aquele que traz o muito feio, segundo aporta Julio Cezar Melatti, em seu livro Índios do Brasil, Edusp, 2014, sobre o desenho da capa:

    "A figura da capa é um desenho de um índio meinaco, do alto Xingu, colhido pela etnóloga Maria Heloisa Fénelon Costa. Trata-se de um desenho sobre papel, realizado com guache e pincel. Representa um ser sobrenatural que os índios meinacos chamam de Njamalü e que os camiaurás, da mesma região, denominam Añanü.[...] Os índios, que não o temem muito, consideram-no como culturalmente inferior, uma criatura primitiva que não tem armas nem muitos adornos. Um dos termos pelos quais ele é chamado significa "aquele que é muito feio"."

Quando desenvolvia minha tese e estava trabalhando em minha performance que denomino 'Sonho Meu'. Utilizei esta em minha defesa, e quando desenvolvia o personagem de abertura após estar trabalhando com as bengalas, buscava uma forma de uni-las ao personagem, faço modelagem em durex dos braços e da cabeça de meu sobrinho pois ele é bem mais alto que eu e surge a mascara e as mãos que tocam o chão...



 

domingo, 2 de julho de 2023

A DERIVA...exposição DRIFT - vida em coisas


Ir a deriva ao sabor dos acontecimentos e o soprar dos ventos...recém o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo inaugurou uma exposição que se chama: DRIFT, palavra que denomina um grupo de designers holandeses e que o significado se aproxima ao de deriva.

Uma bela exposição que merece ser visitada e que nos remete as sensações no derivar...para mim foi um alento, uma bela surpresa, que me auxiliou sair do lugar que vinha, estava com o coração apertado por mais uma vez tentar por um sonho e não conseguir...agora com o titulo de doutor, prestei exame para professor em uma das escolas que sempre admiro, mas não consegui o acesso! Foi minha primeira vivência em um concurso publico.

Enfim com este aperto no coração, Drift, a qual cheguei de surpresa, fui ao CCBB sem saber de que se tratava, está o elemento surpresa, dos bons ventos que me levaram e que me lançou em sua direção. Anexo aqui um vídeo de uma das instalações para que vejam por onde andam as reflexões do grupo holandês Studio DRIFT:

exposição denominada "Vida em Coisas" o grupo de designers pesquisam a possível junção entre Tecnologia e Natureza...pergunto como seria tal desafio? Como juntarmos o extremo concreto da tecnologia movida por algoritmos e elementos da pura materialidade ao que é extremamente espiritual como a regência da Natureza? 

Sim estes designers estão imersos na tecnologia mas embalados por toda a dúvida do espirito e sua materialidade que ainda estamos iniciando as possíveis interjunções! Na instalação que deixo abaixo um vídeo fragmento se chama Franchise Freedom "uma instalação aérea imersiva que explora as fronteiras entre natureza e tecnologia, e provoca um impactante vinculo social" diz em seu texto de apresentação no CCBB, a obra parte de estudos dos pássaros estorninhos e suas revoadas em conjunto pelo céu que fazem desenhos harmônicos de extrema beleza, estudos que foram convertidos em um programa integrado que coordena o voo de um grupo de drones no céu. Apesar da forma parecer de extrema liberdade e sincronismo nela os pássaros estão  sujeitos a extremas regras e instintos de sobrevivência "existe uma beleza na observação das decisões repentinas de milhares de pássaros e as reações de um em relação ao outro." 

Os artistas designers criaram um sistema aberto e conectados uns aos outros por meio das luzes que os mantem sempre em formação conjunta mas ao mesmo tempo abrem o programa ao ´acaso´ com relação a sensação, as notas musicais e mesmo da luz que os drones recebem do publico que são convidados a assistirem possuindo pontos de luzes artificiais que estão nas roupas e em bicicletas, patins e patinetes também com luzes que levam este ´acaso´ aberto ao programa mas somente ocorre por que o grupo se mantem unido no local. 

Parabéns ao grupo Drift pela ideia que seguro surge na conexão de muitos que estão envolvidos no trabalho e com a orquestração da união, da emoção que gera toda a força motriz para mover o trabalho está ai um dos pontos básicos nos estudos dos espíritos essa energia que nos move como particulares que somos mas que somente podemos pela junção de toda possível união na criação, no criador.

Um alento ao meu coração, sei que terei muitas barreiras pela frente em meu trabalho de pesquisa. O concurso, citado acima, já deu prova disso, da pouca compreensão que o mundo material está envolvido, e nisso se debate toda academia e seus estudos e suas relações internas, apresentam-se cheias de elementos tóxicos, com suas fracas ideias contra o natural, de sermos individuação, um grupo, um conjunto harmônico, expressivo, em pleno poder de nossas energias, do fluido vital de cada espírito, na composição com o fluido do todo universal!

Nessa nova forma de organização da sociedade, a conclusão de Valéry é evidente: nesse mundo, o espírito tornou-se impossível – impossível porque é supérfluo. Uma das razões desse declínio pode ser atribuída à queda dos valores morais e políticos. Com ironia, Valéry vincula o espírito moderno à produção material que, como todas as coisas, participam do grande mercado com suas flutuações na Bolsa, os valores sobem e descem, dependendo da conjuntura: “Há um valor chamado ‘espírito’ [...] como há um valor petróleo, trigo, ouro” e infelizmente ele não cessa de baixar (VALÉRY apud NOVAES, 2017, p. 33)

#porumareformanaacademia / #pelahumanizaçãonaacademia / #porconcursosmaisracionais #pormaisvidaemcoisas