Nosferatu,
Um filme do diretor Robert
Eggers (filmes como A Bruxa - 2015 e O Farol - 2019), com história
baseada no conto de Drácula, de Bram Sotcker (1897) relança
seu olhar sobre um clássico do cinema em sua primeira versão dirigida por F.W.
Murnau de 1922. Com um elenco que inclui: Nicholas Hoult,
Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Jonson, Willem Dafoe e Bill Skarsgârd.
Uma bela história com muitas
pitadas no texto que contemporiza um estar moderno sobre a visão do espirito na
matéria, como na foto que anexo a esta reflexão, na qual vemos a atriz
protagonista da história que encarna a personagem Ellen, uma
jovem que traz uma angustia dentro de si, uma sombra maligna, uma vontade
reprimida que se transforma em obsessão, evocação que sintoniza-se com o
personagem do Conde Orlok, um espirito preso a trevas obsessivas
que a toma como meta de possessão, mais uma vítima de suas macabras ansiedades.
Um belo jogo de metáforas da não compreensão da real matéria de luz, que supera
toda mazela da ilusão das sombras e diante de uma sociedade repressora ela se
torna fato e oportuno exercício de libertação do amor diante das ilusões
criadas pela matéria.
Destaques: a cerimônia dos Romani, pejorativamente chamados de ciganos; logo para um rabino mulher espécie de sacerdotisa que protege o noivo da protagonista contra o vampiro e para o personagem do
ator Willem Dafoe, que interpreta o caçador de vampiros,
o Professor Albin Eberhart Von Franz que foi expulso da
academia por ser um cientista que retoma o ocultismo, o misticismo, o
hermetismo como fontes bases de sua pesquisa, atento ao período em que a
sociedade europeia mergulha nos estudos sobre a energia e a matéria, enfim que
lançam as bases para o movimento moderno; ele conduz diálogos, de extrema
riqueza, com a personagem principal sobre as verdades obscuras, diante de
tamanho mau, que se abre dentro da própria personagem e na qual ele coloca como
solução no embate do bem contra o mau, que só poderá ser travado dentro da
própria personagem que acaba se entregando em tal sacrifício, no qual, no plano
final do filme, o sol que entra e escancara as trevas diante do derramar o
sangue e o vislumbre da bela Ellen e o Conde Orlok, na
figura de um corpo monstruoso; mortos os dois encaixados em coito na cama
banhada de muito sangue.
Machismo, sociedade
preconceituosa e um universo feminino de muita servidão e rebaixamento, diante
do masculino ilusório e reluzente a matéria da verdade pelo espirito no
racionar o material de que se constitui, como um grito para recuperação do amor
dissolvido no todo!
Mais que um refazer uma história,
eu diria a oportuna lucidez no aportar tais metáforas em tempos atuais!
Mais uma reflexão que deixo e sem
nenhuma pretensão a não ser de registro de memória que passa diante da força da
vida, aproveito e reflito em Hermes Trismegisto, personagem
tão bem ilustrado e apresentado pela professora Lucia Helena Galvão diante da
sua leitura no Caibalion. Ela nos comenta que ele nos deixa seus estudos
na forma como todos os grandes mestres da antiguidade fizeram, através da
narrativa que passa pelo exercício da prática comentada e observada de mestre
para discípulo, como experiência passada, a práxis no cientifico poder pela
consciência, na própria palavra COM-CIÊNCIA, um eterno vibrar para
sintonizarmos todos e reproduzirmos o equilíbrio complexo, multiforme e de forma
transversal das forças da natureza.
Talvez quem sabe um dia, por uma
alameda do zoológico ela também chegara! Aproveito dos versos traduzidos e
musicados por Caetano Veloso do poema O Amor de Maiakovisk (1893)
para evocar a luz de nossa ciência se faça cada dia mais clara para iluminar o
grande verdade contida na imensidão de nosso universo.
Tempos de Quarks de material
energético nos faz questionar tempos de transformação que a Ciência, a Arte
diante da humanidade se recupere para o salto ao nada ao vazio do todo!
NÓS fera TU...
Nenhum comentário:
Postar um comentário