de FORMação: Arquiteto; de GUSTação: Artista Plástico; de MOVIMENTação: Ecodesigner.

Mestre em Educação e formado em Arquitetura e Urbanismo de olho nas Artes e de um fazer no Ecodesign.

domingo, 2 de julho de 2023

A DERIVA...exposição DRIFT - vida em coisas


Ir a deriva ao sabor dos acontecimentos e o soprar dos ventos...recém o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo inaugurou uma exposição que se chama: DRIFT, palavra que denomina um grupo de designers holandeses e que o significado se aproxima ao de deriva.

Uma bela exposição que merece ser visitada e que nos remete as sensações no derivar...para mim foi um alento, uma bela surpresa, que me auxiliou sair do lugar que vinha, estava com o coração apertado por mais uma vez tentar por um sonho e não conseguir...agora com o titulo de doutor, prestei exame para professor em uma das escolas que sempre admiro, mas não consegui o acesso! Foi minha primeira vivência em um concurso publico.

Enfim com este aperto no coração, Drift, a qual cheguei de surpresa, fui ao CCBB sem saber de que se tratava, está o elemento surpresa, dos bons ventos que me levaram e que me lançou em sua direção. Anexo aqui um vídeo de uma das instalações para que vejam por onde andam as reflexões do grupo holandês Studio DRIFT:

exposição denominada "Vida em Coisas" o grupo de designers pesquisam a possível junção entre Tecnologia e Natureza...pergunto como seria tal desafio? Como juntarmos o extremo concreto da tecnologia movida por algoritmos e elementos da pura materialidade ao que é extremamente espiritual como a regência da Natureza? 

Sim estes designers estão imersos na tecnologia mas embalados por toda a dúvida do espirito e sua materialidade que ainda estamos iniciando as possíveis interjunções! Na instalação que deixo abaixo um vídeo fragmento se chama Franchise Freedom "uma instalação aérea imersiva que explora as fronteiras entre natureza e tecnologia, e provoca um impactante vinculo social" diz em seu texto de apresentação no CCBB, a obra parte de estudos dos pássaros estorninhos e suas revoadas em conjunto pelo céu que fazem desenhos harmônicos de extrema beleza, estudos que foram convertidos em um programa integrado que coordena o voo de um grupo de drones no céu. Apesar da forma parecer de extrema liberdade e sincronismo nela os pássaros estão  sujeitos a extremas regras e instintos de sobrevivência "existe uma beleza na observação das decisões repentinas de milhares de pássaros e as reações de um em relação ao outro." 

Os artistas designers criaram um sistema aberto e conectados uns aos outros por meio das luzes que os mantem sempre em formação conjunta mas ao mesmo tempo abrem o programa ao ´acaso´ com relação a sensação, as notas musicais e mesmo da luz que os drones recebem do publico que são convidados a assistirem possuindo pontos de luzes artificiais que estão nas roupas e em bicicletas, patins e patinetes também com luzes que levam este ´acaso´ aberto ao programa mas somente ocorre por que o grupo se mantem unido no local. 

Parabéns ao grupo Drift pela ideia que seguro surge na conexão de muitos que estão envolvidos no trabalho e com a orquestração da união, da emoção que gera toda a força motriz para mover o trabalho está ai um dos pontos básicos nos estudos dos espíritos essa energia que nos move como particulares que somos mas que somente podemos pela junção de toda possível união na criação, no criador.

Um alento ao meu coração, sei que terei muitas barreiras pela frente em meu trabalho de pesquisa. O concurso, citado acima, já deu prova disso, da pouca compreensão que o mundo material está envolvido, e nisso se debate toda academia e seus estudos e suas relações internas, apresentam-se cheias de elementos tóxicos, com suas fracas ideias contra o natural, de sermos individuação, um grupo, um conjunto harmônico, expressivo, em pleno poder de nossas energias, do fluido vital de cada espírito, na composição com o fluido do todo universal!

Nessa nova forma de organização da sociedade, a conclusão de Valéry é evidente: nesse mundo, o espírito tornou-se impossível – impossível porque é supérfluo. Uma das razões desse declínio pode ser atribuída à queda dos valores morais e políticos. Com ironia, Valéry vincula o espírito moderno à produção material que, como todas as coisas, participam do grande mercado com suas flutuações na Bolsa, os valores sobem e descem, dependendo da conjuntura: “Há um valor chamado ‘espírito’ [...] como há um valor petróleo, trigo, ouro” e infelizmente ele não cessa de baixar (VALÉRY apud NOVAES, 2017, p. 33)

#porumareformanaacademia / #pelahumanizaçãonaacademia / #porconcursosmaisracionais #pormaisvidaemcoisas 











  


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