de FORMação: Arquiteto; de GUSTação: Artista Plástico; de MOVIMENTação: Ecodesigner.

Doutor em Artes, Mestre em Educação e formado em Arquitetura e Urbanismo de olho nas Artes e de um fazer no Ecodesign.

domingo, 22 de novembro de 2015

Exposição ENTRE - TERRITORIOS ....... UFU 2015.


Uma exposição à convite do amigo e colega de trabalho Adriano Tomitão Canas. Após alguns anos sem transitar por estes meios, enquanto exposição, uma vez que nossa dedicação tem sido quase exclusiva ao ensino universitário e a nossa própria formação. Um prazer ao qual não tenho palavras para agradecer. 


Sabíamos que estaríamos participando ao lado de queridos mestres como Dante Veloni, Milton Esteves e Luis Carlos de Laurentiz uma oportunidade na qual pude contar com a colaboração da artista gráfica Keila Scott a qual podemos estruturar não somente a impressão sublimação em tecido e também nos auxiliou durante a montagem de toda exposição.

Assim uma parada para refletir o Território ou Entre – Territórios.

O uso reaparece em acentuado conflito com a troca no espaço, pois ele implica apropriação e não propriedade. Ora, a própria apropriação implica tempo e tempos, um ritmo ou ritmos, símbolos e uma prática. Tanto mais o espaço é funcionalizado, tanto mais ele é dominado pelos “agentes” que o manipulam tornando-o unifuncional, menos ele se presta à apropriação. Por quê? Porque ele se coloca fora do tempo vivido, aquele dos usuários, tempo diverso e complexo. (Lefebvre, 1986:411-412)

Nesta reflexão proposta por Lefebvre dois conceitos muito intrincados ao território o da apropriação e a não propriedade. Um conceito bastante complexo, mas fantástico para aprofundarmos uma série de ideias que podemos tocar nestes trabalhos.

Posso pensar em uma série de diálogos e conceitos surgidos nos próprios trabalhos desta exposição. Como mais significativo e aqui por ser um dos territórios que busco, o do efêmero. Debruçando sobre meu próprio trabalho marco três momentos definitivos em sua estrutura:

  • A própria trilogia como base sólida para um equilíbrio, não somente como símbolo, mas também como real; em uma cadeira de três pés que se mantém mais estável e de uma maneira mais rápida. Assim utilizo o traje (o mesmo com o qual fiz a performance de inauguração durante a Bienal de Cetinje) o corpo impresso em tecido transparente e sem cabeça (imagem retirada de um dos desfiles com os trajes intitulados elementos, na foto traje 'terra' adaptados um colar a partir de suporte de balas de metralhadora, realizado durante o atelier da Bienal e uma flor cartucho de bala). Tecido dividindo o lugar em duas leituras; uma com vídeo com fotos que me apropriei, uma vez que me utilizei de imagens no original feitas por Consuelo Bautista e das quais para 'facilitarmos' sua utilização ou mesmo exercitando uma provocação do que é propriedade (nas quais fiz algumas intervenções enquanto tratamento) do nosso trabalho realizado para a III Bienal de Cetinje em Montenegro, antiga Yuguslavia, 1998 em catálogo produzido pela Associação Drapart em 2002 para a IV Bienal de Cetinje em 2002;


  •      Um vídeo com imagens tratadas como enferrujadas pelo local aonde a maioria foram tiradas (na siderúrgica de Zelijezara, Montenegro) usei o ferrugem para permear uma imagem que ficou forte sabor no conceito trazido de Território (apropriação e não propriedade) aqui em todas as direções que surgiram (materiais, posse, permissão, vivencia e experiência). O interesse da curadoria nesta exposição pela experiência que vivi durante a guerra da 'antiga' Yuguslavia. 'Entre Territórios' por se tratar de tema ainda coberto de muito do nosso contemporâneo, guardamos suas devidas especificidades, em que os países ao redor do mundo se debatem e lutam por eles, e por que não, até nas favelas aqui em nosso Brasil, ou ainda em países como a Síria, a Africa os árabes e mesmo os europeus com os movimentos destes e vários outros estrangeiros. 



                   

  •             Um vídeo intercalando duas imagens reais de meu corpo: a boca, que narra a história registrada em referido catálogo, fazendo leituras dos textos ali colocados e nos olhos, com o outro registro de memórias, vivências, narrativas do que foram os momentos passados em torno da Bienal e claro cheios de marcas presentes pela distância e um (re)aproximar para (re)uso destas histórias.


Territórios que defino e busquei deixar nesta instalação como uma proposta sobre estar ENTRE – TERRITÓRIOS e as possibilidades em suas dimensões.

Gostaria de agradecer uma vez mais a Universidade Federal de Uberlândia a qual vem abrindo em muitas ocasiões espaços para refletirmos nosso trabalho, aos alunos e colegas que participaram nesta coletiva e ao Prof. Dr. Adriano Tomitão Canas, o Prof. Dr. Luis Carlos de Laurentiz, a arquiteta Keila Scott e aos alunos e funcionários que nos auxiliaram na montagem desta exposição.

Na sequência coloco algumas imagens gerais da exposição coletiva ENTRE - TERRITÓRIOS - Uberlândia, outubro de 2015.

















sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Reflexões em educação: as ultimas oficinas desenvolvidas.

Este semestre além de nossas atividades dedicadas a docência e ligadas à universidade; tivemos a grata satisfação de recebermos dois convites especiais para desenvolvermos nosso trabalho.

Duas oportunidades de seguir minha pesquisa enquanto trabalhar com o (re)uso e a criação em dois momentos um para alunos de arquitetura na Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP em workshop no dia 26/08/15 e outra para educadores ambientais no III Encontro de Educação Ambiental do CBH - Pardo promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo realizado no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo - Sertãozinho - S.P. de 22 a 23/10/15. http://aeapardo.blogspot.com.br/

Em ambas ocasiões utilizei uma proposta de exercício já realizado em outras ocasiões com nossos alunos e também em algumas exposições que participamos. Em um módulo de uma caixa desenvolvermos uma proposta de visão critica sobre o tema do (re)uso e suas possibilidades para criarmos. Dois públicos unidos por leituras no universo dos problemas do (re)uso e sua necessária e ainda urgente tomada de decisões para transformações em atitudes que seguimos tomando ainda nos tempos atuais.

Anexo abaixo as imagens de alguns trabalhos:
Alunos do curso de Arquitetura UNAERP







Educadores ambientais No III Encontro de Educadores Ambientais CBH - Pardo









Nas imagens podemos observar diversos repertórios cheios de critica, vontades, desejos de transFORMAacão!