de FORMação: Arquiteto; de GUSTação: Artista Plástico; de MOVIMENTação: Ecodesigner.

Mestre em Educação e formado em Arquitetura e Urbanismo de olho nas Artes e de um fazer no Ecodesign.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Das apropriações no contemporâneo....

O Sesi Ribeirão Preto, organizou um encontro dentro do premio Marcantonio Villaça para as artes plásticas o que agradeço muito a oportunidade em participar de dito encontro. Tanto na inauguração da expo no Marp, Museu de Arte de Ribeirão Preto, que seguirá até o dia 17/03/13....não percam. 


Ontem para a palestra de Cayo Honorato um arte educador que veio trazer um pouco desta discussão no ensino de arte contemporâneo. 


Gostaria de parabenizar-lhe pela vivência causada nesta oportunidade......lastimas por: 
- pouco tempo pra seguirmos conversando, 
- da tentativa de tradução em trabalho como ele mesmo disse preparado a uma plateia de educadores mas como haviam muito alunos...um publico pelo visto não esperado, 
- das imagens canceladas na apresentação....
enfim deixo meus parabéns pela provocação deixada e não sei se proposital mas que nos causou muita reflexão e isso pra mim é o papel de um educador.
A dita provocação, aos que não estiveram, se tratou de um vídeo de um dos artistas premiados André Komatsu titulado: 'Mato sem cachorro não tem dono'...


...foto retirada da pagina do 8a Bienal do Mercosul  Um artista que fala muito de apropriações espacias, na qual se trata de um canto de areia dentro de uma exposição e ali se podia urinar....e que fizeram vários homens e dentro do espaço expositivo, e essa imagem, o ato, causou repulsa, estranhamento, em muitos dos assistentes, deixando assim, o ambiente fervilhar e se conturbar por muito tempo.
Mas isso é Arte? Perguntavam-se muitos.
A ideia não é nova, alias, esse é meu problema com as definições de arte contemporânea ou diria melhor arte conceitual, a qual colocada em museu pelo próprio criador e questionador dos próprios museus. Artista brilhante, que foi Marcel Duchamp e isso em 1917 quando envia seu urinol 'A Fonte' a uma exposição. Imagino que o estranhamento deve ter sido algo muito similar ao de ontem, e dai minha pergunta:


Não estamos chamando de arte ou focando insistentes nesse projeto, vide bula, complicados, com necessidade de tantas justificativas?
Repulsas, revoltas, dúvidas....ainda mais???? Em tempos com tantas repulsas, intolerâncias, revoltas, dúvidas, incertezas....assim não estaremos fazendo-nos mediadores nesse discurso desgastado e que somente causam mais dúvidas, etc,etc,etc???
Nova essa ideia; desde logo não é; nasceu em 1917, já com 96 anos. 
Talvez neste trabalho, foi a substituição do objeto pela ação?
Não me estranha a repulsa em cidade do interior como Ribeirão Preto, que ainda não só geograficamente ocupa esta posição, mas segue fechada a qualquer tipo de novidade e repito nada de novidade!
Enfim termino mais uma vez agradecendo a oportunidade de estar presente ontem e poder compartilhar desse momento tão agradável com o SESI Ribeirão e seus diretivos e funcionários, Cayo Honorato, Jeff Keese, Celso Fioravante e com o artista Marcone Moreira que deixo pro final para parabenizar-lhe pelo belo trabalho, sensibilidade e aqui sim, objetos apropriados, a ser visitado com muita observação, contemporânea ideia em simples parede de caixas de cerveja impregnadas de todo uso e vazias no desuso, mas cheias de histórias e muito cheiro de cerveja, nesta terra fundada também em parte por essa bebida. Para esta festa nesta edição do premio Marcantonio Villaça mais uma vez meus parabéns!  

'Parede da memória'- imagem retirada www.pavilhaodasartes.com

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